Prefeitura realiza ação de educação ambiental sobre o combate ao uso de agrotóxicos

03/03/2022 - 18:17 Atualizado há 2 horas



A ação foi voltada para a educação ambiental das moradoras do loteamento Jardim Esperança, através da Secretaria Municipal de Assistência Social e do Trabalho (Semast) e da Secretaria de Meio Ambiente Agricultura e Pesca (Semap). O objetivo do encontro foi ensinar a estas moradoras as práticas corretas de plantio, sem o uso de agrotóxicos. Fator preponderante para o incentivo à preservação, ao consumo de alimentos saudáveis, além da geração de trabalho e renda.

 

Os projetos envolvidos nesta atividade são: Elas Inspiram e Quintais Produtivos, ambos capitaneados pela Semast e Semap, respectivamente. Embora seja uma ação alusiva ao Dia Internacional da Mulher, comemorado em 08 de março, a pretensão é de que tais projetos sejam mantidos como parte de uma série de ações permanentes no município, com o intuito de capacitar o povo sancristovense, sobretudo as mulheres, na área da agricultura familiar.

 

 

Mulheres do loteamento Jardim Esperança praticando o plantio de mudas sem agrotóxicos

 

As moradoras do loteamento Jardim Esperança revelaram o desejo de criar uma horta comunitária na área da associação de moradores, porém, para tornar esse desejo possível, foi necessária a presença de profissionais transmitindo técnicas básicas, que servem, inclusive, para aquelas que desejam aplicar o conhecimento no quintal de casa. “O projeto é de suma importância para que esta comunidade tenha acesso a uma alimentação saudável e livre de agrotóxicos. Já fizemos esse trabalho em outras comunidades e ele irá se estender por todo o município, porque o objetivo dessa parceria é melhorar a qualidade de vida das pessoas e fortalecer a segurança alimentar”. Estas são as palavras do técnico agrícola da Semap, José Raimundo Góes.

 

José Raimundo Góes, técnico agrícola da Semap

 

De acordo com o coordenador de educação ambiental da Semap, Paulo Sérgio Melo dos Santos, este trabalho é relevante porque sensibiliza a população acerca do efeito nocivo dos defensivos agrícolas ou agrotóxicos. “Força de trabalho até existe, mas falta informação e por isso estamos aqui, aplicando as técnicas e experimentos, para que cultivem e consumam alimentos com defensivos naturais. Dá para fazer uma produção caseira e saudável de hortas, por isso ter esse conhecimento é fundamental, principalmente quando sabemos que os benefícios se estendem para as gerações futuras. Se estas mulheres conseguirem passar essa consciência aos filhos, talvez vire uma prática habitual aqui em São Cristóvão”, afirmou.

 

 

Paulo Sérgio Melo dos Santos, coordenador de educação ambiental da Semap

 

Winne Correia fontes, coordenadora de segurança alimentar e nutricional da Semast, enfatizou a importância de reunir as mulheres do município, para que a gestão fique a par dos seus  interesses e necessidades. “Através destas reuniões podemos saber de que forma elas conseguem contribuir com o desenvolvimento da comunidade, através da sua força de trabalho. Com essa parceria de mulheres agricultoras e Semap, estamos transmitindo o conhecimento sobre as técnicas de plantio, bons hábitos alimentares e ainda reforçamos esse aprendizado com a oferta de outras oficinas junto com a coordenação de segurança alimentar, para que as famílias tenham a sua própria autonomia”, destacou.

 

Winne Correia Fontes, coordenadora de segurança alimentar e nutricional da Semast

 

Mulheres beneficiadas com a parceria

 

“Todas nós que estamos aqui precisamos muito desse projeto, temos interesse no desenvolvimento, na mudança, por isso mergulhamos nesse aprendizado. Lamento que nem todas tenham vindo, mas desejo que no futuro todas estejam presentes. Se já temos o alimento aqui, não precisamos comprar. Inclusive utilizaremos para dar aos alunos da escola da comunidade, para que eles tenham a oportunidade de ter comida saudável. E para quem tiver dedicação, esse conhecimento é capaz de melhorar a renda familiar, através da venda dos produtos”, apontou Maria Luiza Farias, auxiliar administrativa na escola da comunidade.

 

Maria Luiza Farias, auxiliar administrativa na escola da comunidade

 

Para Mônica dos Santos, autônoma e integrante do projeto, a preocupação é ajudar as crianças a terem acesso a alimentos que não são prejudiciais à saúde. “Para nós que somos mãe, vamos ocupar a mente e ter uma preocupação a menos com a ausência dessa substância na comida. Sempre gostei da terra, amo mexer com esse tipo de serviço e por isso estou gostando muito do projeto e do acompanhamento que vão nos dar”, explicou.

 

Mônica dos Santos, autônoma e integrante do projeto

 

Irailde Maria Ferreira faz parte da Congregação das Religiosas de Nossa Senhora de Sion, atua no loteamento de forma filantrópica, como presidente da ONG que cedeu o espaço para a realização do plantio e outras atividades. Para ela, ver o projeto acontecendo é a concretização de um sonho. “Já tentamos aproveitar esse espaço ao máximo, mas nunca conseguimos finalizar um projeto ou consolidar algo. Esta é a primeira vez que vejo algo dando certo e com a ajuda de equipes profissionais auxiliando. Como vivemos em um meio rural, será uma benção cuidar desse plantio e ver florescer. Queremos aqui um espaço educativo e produtivo”, destacou.

 

Irailde Maria Ferreira, presidente da Organização Amigos de Sion para a Inclusão Social (OASIS)

 

Fotos: Dani Santos