Exposições de arte e história encantam visitantes no Festival de Artes de São Cristóvão

01/12/2023 - 23:53 Atualizado há 13 horas



 

O Festival de Artes de São Cristóvão (Fasc), já está entre nós em sua 38° edição. Este ano, como nos anteriores, a valorização da cultura é um dos principais pilares de sua existência. Dos dias 1º ao 3 de dezembro, a arte dominará a Cidade Mãe em diferentes pontos do município, como no IPHAN e no Museu de Arte Sacra de Sergipe, com exposições fixas e até mesmo rodas de conversa.

 

Segundo um dos organizadores da exposição “A Tradição Junina nas Telas”, na Casa das Culturas Populares, Francisco Carlos destaca a importância de trazer artistas regionais nas exposições. “Para o pessoal da cidade, é bom que a gente traga mais visibilidade para artistas que não têm tanto nome por aqui ainda. Para as pessoas que vêm de fora, a gente já consegue mostrar um pouco da nossa cultura e dos nossos nomes”, destaca Francisco.

 

No Salão de Artes Visuais Vesta Vianna, localizado na Praça da Matriz, para a população local a experiência de estar em contato com a arte sergipana é um momento de conexão com sua história e cultura. O sancristovense, Maurício Barros, elogia a organização e a exposição que reacende a importância dos artistas da casa. “A exposição está magnífica, este ano a organização está homenageando e apresentando os artistas da nossa área. Eu estou muito feliz em ver essa organização”. 

 

Assim como Maurício, Micaele Barros também celebra a valorização da arte na cidade ao ver sua cultura representada, especialmente, por ter nascido rodeada por artistas. “Eu cresci com arte, nasci com a arte, então tudo isso para mim é incrível, é impressionante e espelha a cultura de São Cristóvão”, relata.

 

 

Maurício e Micaele 

 

 

Um dos curadores e artistas da exposição que seu Maurício apreciava, Fernando Marinho não somente visitou o resultado da produção, como foi um dos apresentadores da Roda de Conversa “Ilustração e programação visual de eventos culturais”, que aconteceu no Salão das Artes. “Aqui  a gente tem o Salão com exposição de artistas, alguns que já tem um tempo de caminhada, como também artistas novos. As linguagens são variadas, então a gente tem desde gravuras, pinturas, fotografias, colagens, material digital, como xilogravuras com tratamento digital”, explica o curador. 



Fernando conta que é uma alegria fazer parte do time de artistas expostos, e explica que suas obras tiveram origem em xilogravura, mas passaram também por tratamento digital e ampliação de imagem. “O meu tema se refere a questões de homoafetividade, um tema recorrente e que está cada vez mais colocado em pauta porque a gente sabe das nossas dificuldades em relação à população LGBTQIAPN+”, conta.

 

 

 

Fernando Marinho

 

 

 

Um olhar de quem vem de fora

 

Movida pela arte e pela cultura brasileira, a psicóloga Sueli Scardini, que veio do Espírito Santo até o estado de Sergipe compartilhou seu encantamento ao descobrir que a 4° cidade mais antiga do Brasil é uma reserva viva de historicidade em sua arquitetura, suas tradições e em seu povo. “Não conhecia São Cristóvão, mas estou conhecendo através de sua manifestação da cultura popular. Então faz com que eu admire a identidade do sergipano, que tem sido um povo acolhedor”, complementa  a turista. 

 

Pelas obras que a turista pode conhecer durante o primeiro dia de festival, ela compartilha que a fotografia é uma paixão e viu na exposição “Sergipe: Berço das Águas”, da Biblioteca Lourival Baptista, um espaço de inspiração. “Eu vejo no estado um potencial de belezas naturais e de seu povo, então as fotografias me mostram um povo integrado com o ambiente”, destaca Sueli.

 

 

Sueli Scardini

 

 

Valorização das raízes

 

Um dos espaços que valorizam a tradição e história da cidade é o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico, o IPHAN, que abrigará durante os próximos dias duas exposições sobre a história do povo sergipano. Resgatando a história de um dos mais famosos personagens da cidade, quem visitar São Cristóvão durante o festival, poderá apreciar detalhes da arqueologia de Sergipe e a mostra de arquivos históricos sobre a vida de João Nepomuceno Borges, o João Bebe-Água. 

 

O historiador e diretor do Arquivo Municipal Adailton Andrade, compartilha que “muitos moradores da cidade cresceram e morreram e não tiveram a oportunidade de conhecer João Bebe Água e nós queremos que essa nova geração tenha conhecimento e discernimento do que o pai e avô dele aprendeu sobre esse personagem e esse é o nosso trabalho”, diz o historiador.

 

 

Adailton Andrade

 

 

 

Realização

O Festival de Artes de São Cristóvão é uma realização da Prefeitura, por meio da Fundação Municipal de Cultura e Turismo João Bebe Água (Fumctur), e do Governo Federal, através do Ministério da Cultura. O patrocínio fica por conta da Maratá, Orizon, Banco do Nordeste, Ecoparque Sergipe, Coca Cola, e Estrella Galicia. Além disso, tem o apoio da RR Conect, Vitória Transportes, SE –  Sistema Engenharia, Colortex, Proex/UFS, Celi e Governo de Sergipe. O evento também possui habilitação pela Lei Rouanet, uma Lei Federal de Incentivo à Cultura que concede isenção às empresas que patrocinam eventos culturais.

 

 

02/12 - Sábado

 

*Programação sujeita a alteração




Palco João Bebe Água

 

20h - Orquestra Sanfônica

22h - Arlindinho

00h - Liniker

02h - Djonga




Palco Frei Santa Cecília

19h - Tributo a Ismar Barreto 

21h - Snooze

23h - Pato Fu

01h - Lívia Aquino - Raízes Negras




Palco Capuchinhos

 

15h - Fulgêncios

16h30 - Pérola

18h - Luisa e Os Alquimistas




Samba na Bica

 

11h - Quioco Cabriolar

12h30 - Bel Nunes - Samba lá de casa

14h - Esse Lance




Palco Meste Neca

 

14h - Chegança da Ami

15h - Pífano de Pife

16h - Maracatu Baque Mulher




Cine Trianon

 

14h - Cine Trianon convida Dia Internacional do Cinema 2023

Sessão infantil

15h - Sessão Sergipe

16h - Cine Trianon convida Cineclube Voyage




Salão de Artes Vesta Viana

 

Rodas de conversas:

 

10h às 12h - “Gravura e o Imaginário”

15h às 17h - “Arte e Inteligência Artificial”

 

EXPOSIÇÃO PERMANENTE: Nivaldo Oliveira, Sônia Mellone, Luan Dias, Letícia Galvão, Helen Sabrina, Isadora Silva Souza e Silva, Matheus Augustinho, Canijan, Livreamar, Ana Marinho, Alma Rô, Marisérgia, Marjorie Garrido, Fernando Marinho e Helena Barbosa.




Música na Igreja

 

14h - Tríade BR

16h - Lira Sancristovense




Salão de Literatura Manoel Ferreira

 

14h - Literatura e promoção de um educação antirracista

14h - Oficina “E o cordel?”

14h - “Oficina de Pet Horta e Composteira Caseira”

14h - “Roda de Conversa – Aliança pela Infância”

15h30 - Intervenção Poética - Dedo Em Riste À Cidade Triste / Zines 

15h45 - Contação de história infantil

16h - Palestra - Escrever: Entre o direito, o perigo e a cura

16h30 - Literatura infantojuvenil “Maravilhosa forma de narrar e pensar o mundo”



Palco Mariano Antônio

 

15h - Trupe Kadabra - "Era uma vez o circo"

16h - Cia Loucos por Loucos - "A chegada de Lampião ao inferno"

17h30 - Só Dança - "Retalhos"

18h30 - Tinho Torquato - "Desencontro"