Secretaria de Meio Ambiente de São Cristóvão leva palestra sobre reciclagem e oficina de horta ecopet para CAPS I Valter Correia

24/05/2023 - 19:21 Atualizado há 2 dias



Em celebração ao Dia Mundial da Reciclagem, que ocorreu no dia 17 de maio, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente de São Cristóvão organizou junto ao Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) I Valter Correia uma ação com palestra educativa e oficina de horta ecopet para seus usuários. O evento teve como principais objetivos a educação ambiental e a inclusão social dos participantes.

 

 

A ação foi iniciada pela palestra sobre Separação de Resíduos e Reciclagens, ministrada por Elísio Cristóvão, Coordenador de Estudos Ambientais na Secretaria Municipal de Meio Ambiente de São Cristóvão. Segundo ele, a ideia foi abordar a atividade de maneira lúdica, incluindo informações importantes com uma linguagem não técnica para facilitar a compreensão, para que o público entenda que jogar lixo na rua não é adequado e pode trazer doenças, e que lixo pode ser reaproveitado.

 

“Existe um projeto de hortas ambientais concebido pela SEMMA e posto em prática em parceria com a Secretaria de Educação. Tentamos expandir esse projeto para o CAPS porque pensamos que sustentabilidade é inclusiva. Além de estarmos levando o projeto para os estudantes de Ensino Básico, pensamos em fazer os usuários do CAPS colocarem a mão na massa numa oficina que chamamos de Horta Ecopet, porque usamos pet para plantar sementes de hortaliças e colocar eles na ação”, explica Elísio.

 

Elísio Cristóvão, Coordenador de Estudos Ambientais na Secretaria Municipal de Meio Ambiente de São Cristóvão

 

Manuel Júnior, coordenador de Educação Ambiental na SEMMA, esteve à frente da oficina de hortas em garrafas PET e aponta que o principal objetivo da atividade é sensibilizar a comunidade em relação às questões de consumo, com destaque ao consumo de plásticos, que acontece de forma exagerada em todo o mundo. Portanto, a atividade ajuda terem consciência sobre o assunto e saber o que pode ser feito com esse material, o que é que  vai ser do produto final desse resíduo.

 

“A oficina traz essa questão dos ciclos Rs (reaproveitar, reutilizar e reciclar)  – eles vão reaproveitar essa garrafa e fazer a reutilização dela para o cultivo de hortaliças, de legumes, para que eles tenham  uma visão do que pode se transformar aquela garrafa pet. Além de ser uma atividade lúdica, em que elas podem inventar vários modelos de Pet-Horta. Essa oficina trabalha muito a questão da criatividade e consciência ambiental”, pontua.

 

Manuel Júnior, coordenador de Educação Ambiental na SEMMA

 

CAPS I Valter Correia

Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) tem como funções, dentre outras, fortalecer vínculos familiares e comunitários, garantir inclusão social, promover cidadania, resgatar a autoestima de seus usuários e promover a troca de experiências e reflexões. Dessa maneira, oficinas de cunho social e ambiental são parcerias que fortalecem seus princípios e seu atendimento.

 

A coordenadora de Atenção Psicossocial do município, Stefanie Vieira, ressalta que trabalhar em parceria favorece o processo de atenção psicossocial dos usuários, uma vez que faz parte do tratamento das pessoas que frequentam esses espaços. Para ela, essas conexões, principalmente com os equipamentos da própria Prefeitura Municipal, enaltecem todo esse cuidado em rede que precisa ser efetivado.

 

“Trabalhar esse Dia da Reciclagem conscientiza os usuários, os familiares, os trabalhadores e todos que estiveram presentes na oficina. Assim, eles vão levar o conhecimento para casa e para outras pessoas que conhecem. Essa articulação em parceria traz benefícios não apenas para os usuários, mas toda a comunidade. Então, essas oficinas têm esse objetivo de fortalecer o cuidado dos usuários, não apenas na parte mental, mas sim no contexto social, reforçando toda a política nacional de saúde mental, que defende o cuidado em liberdade, assim como as práticas de cuidado voltadas para além da saúde, como outras questões tão importantes quanto a conscientização ambiental”, defende Stefanie.

 

Stefanie Vieira, coordenadora de Atenção Psicossocial do município

 

Fabiana dos Santos, Assistente Social do CAPS I Valter Correia, também realça que ações como essa são de suma importância para o desenvolvimento dos usuários atendidos pelo CAPS: “Muitos deles, por conta de suas patologias, acham que não sabem fazer nada, que não conseguem fazer, e essas oficinas mostram a eles que podem e conseguem fazer. E eles se sentem importantes com a presença de vocês aqui. Eles aprendem e nós aprendemos também”.

 

Fabiana dos Santos, Assistente Social do CAPS I Valter Correia

 

Janieire dos Santos é usuária do CAPS I Valter Correia e aproveitou a oficina para tirar suas dúvidas sobre cultivos de plantas, uma atividade que já lhe trazia prazer. Ela conta que sempre participa das atividades da unidade e que para ela era muito positivo. “Achei uma delícia, confortável, e ensinou mais ainda como cuidar das plantas. Amei”, anima-se.

 

Janieire dos Santos, usuária do CAPS I Valter Correia 

 

Fotos: Clara Dias