Prefeitura encerra Projeto Mãe das Águas com cortejo no Centro Histórico de São Cristóvão

25/03/2023 - 16:32 Atualizado há 10 horas



Ao som dos agogôs, um cortejo pelo Centro Histórico de São Cristóvão marcou o encerramento de mais uma edição do Projeto Mãe das Águas. Realizado pela Prefeitura, a iniciativa tem o objetivo de estabelecer a comunicação entre a sociedade sancristovense e as religiões de matrizes africanas por intermédio do cuidado com a natureza. As atividades do projeto tiveram início na quinta (23), com a limpeza das margens do Rio Pitanga.



Na manhã desta sexta-feira (24), as equipes da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) e Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), em parceria com os adeptos das religiões de Matrizes Africanas de Sergipe, retornaram ao Rio Pitanga para o recolhimento da água do local. Em seguida, o grupo se dirigiu à Igreja Nossa Senhora dos Homens Pretos, partindo em cortejo para Praça da Matriz, onde a água recolhida do Rio foi utilizada para regar as plantas da praça, simbolizando a importância dos rios e como forma de celebrar o Dia Nacional das Águas (22/03). 

 


 

A atividade contou ainda com a presença dos alunos das EMEFs São Cristóvão e Maria de Oliveira, que acompanharam o cortejo e o ato na Praça da Matriz. Segundo explicou a diretora de direitos humanos da Semas, Ana Caroline Trindade dos Santos, “a intenção foi mostrar para os estudantes e para a sociedade em geral que não existe somente a perspectiva religiosa quando se trata de religiões de matrizes africanas, é também garantir permear a cultura de cuidar da natureza. Hoje encerramos o Mãe das Águas com a retirada da água do rio e o ato de regar as plantas, que representa todo o cuidado e a permanência da relação do homem com a natureza”, explicou. 



Diretora de direitos humanos da Semas, Ana Caroline Trindade

 

Para o coordenador de educação ambiental da Semma, Manuel Júnior, é fundamental que as crianças vejam a ligação entre as religiões de matrizes africanas e a educação ambiental. “Essas questões estão correlacionadas, já que os adeptos destas religiões fazem suas oferendas aos orixás que estão ligados à natureza, ao cuidado com o meio ambiente”, pontuou.


Coordenador de educação ambiental da Semma, Manuel Júnior

 

O diretor da EMEF São Cristóvão, Arilúcio Espinheiro, disse que “a ação foi importante para mostrar a diversidade religiosa que existe em nosso município. No que diz respeito às celebrações pelo Dia da Água, nós também promovemos ações na escola, mas achamos interessante trazer eles para participar desse momento para que eles vejam a importância da data”. 

 

Diretor da EMEF São Cristóvão, Arilúcio Espinheiro

 

Fotos: Heitor Xavier