Inclusão na Educação Municipal: Semed oferece oficinas que capacitam profissionais para a diversidade e educação especial

19/07/2023 - 15:28 Atualizado há 29 minutos



 

Na busca incessante por uma educação inclusiva e de qualidade, a Secretaria Municipal de Educação (Semed) através da Coordenadoria de Políticas Educacionais para Diversidade e Educação Especial (COPDE), promove ao longo desta semana uma série de encontros e oficinas destinadas à Formação Continuada para Profissionais da Educação Especial. O objetivo é buscar soluções para as problemáticas encontradas no ambiente escolar, especialmente no que diz respeito à educação de crianças com necessidades especiais. 

 

Na manhã desta quarta-feira (19) foi realizada a oficina de Estudo de Caso, que proporcionou um espaço seguro para que os profissionais pudessem compartilhar momentos desafiadores que já enfrentaram no âmbito escolar. Através dessa partilha de experiências, os participantes puderam aprender como lidar de forma mais eficiente com situações complexas, além de esclarecer dúvidas junto aos especialistas que conduziram a oficina. 

 

A busca por uma educação verdadeiramente inclusiva não pode ser alcançada sem o investimento na capacitação e no aprimoramento constante daqueles que trabalham diariamente com os alunos, sejam eles quais forem suas necessidades educacionais. De acordo com Mardilene Prado, coordenadora da COPDE ou simplificadamente chamado de Núcleo de Inclusão e Diversidade, essa é uma ação da diretoria pedagógica da Semed e a formação é uma das ações do núcleo. 

 

 

Mardilene Prado, coordenadora da COPDE

 

 

“A gente pensou muito bem em fazer essa formação por termos nas escolas apoio escolar e profissionais que só tem o Ensino Médio. Os professores da sala de recurso, coordenadores e cuidadores estão presentes para se aprimorarem e se qualificarem acerca de como procederem com os nossos alunos especiais, que hoje temos um total de 485 em toda rede municipal”, acrescenta Mardilene. 

 

Para Luzinete dos Santos, doutora em educação e assistente social do núcleo, o objetivo da formação é trazer casos reais e de ficção e serem discutidos comportamentos e iniciativas que cabem a cada profissional da educação. “Paramos agora para fazer essa formação, aproveitando esse período de recesso nas escolas, para tentar criar mecanismo de soluções para as demandas das escolas visto que estamos em um momento pós-pandemia e essas demandas sociais e as questões sociais cresceram e precisamos ter respostas para elas”.  Na oficina de hoje, Luzinete era uma das condutoras, colaborando com suas sugestões e compartilhando seu conhecimento e experiência. 

 

 

Luzinete dos Santos, doutora em educação e assistente social do núcleo

 

 

Profissionais da Educação 

 

A formação esta semana está sendo feita para 50 profissionais da educação. Entre eles Eressiely Batista, professora da sala de recurso da rede municipal, que compartilhou sobre a importância dessa capacitação. “Acho bastante importante esses encontros, onde os profissionais se integram. A educação de São Cristóvão é para todos, todos tem que possuir o exercício da cidadania, valorizando o sujeito e fazendo com que ele tenha relação com o mundo e consigo mesmo”.

 

 

Eressiely Batista, professora da sala de recurso da rede municipal

 

 

Com a devida formação, os profissionais se tornam aptos a identificar as necessidades específicas de cada aluno e, a partir disso, propor estratégias pedagógicas adequadas, criando um ambiente que estimule a aprendizagem e o desenvolvimento integral de todos os estudantes. Para os cuidadores, o pré-requisito para a contratação é o Ensino Médio, e segundo Yeda Maria Santana, cuidadora da Escola Maria Oliveira Santos, os assuntos que permeiam as necessidade especiais das crianças não são ensinados, e são momentos como esse que podemos ter esse conhecimento, acarretando, então, em um trabalho mais confiante e melhor. 

 

“A formação está sendo essencial, no meu ponto de vista esse momento deveria ser no início dos nossos trabalhos, logo após a convocação, mas a ideia que essa iniciativa tem é muito importante e de grande valia para todos, principalmente para mim, que já passei por momentos complexos e preciso de um suporte maior de pessoas mais especializadas, pois para nós que temos somente o Ensino Médio como formação, não tivemos nenhum recursos físico nem didático para trabalhar nas escolas, principalmente com educação especial”, declara Yeda. 

 

 

Yeda Maria Santana, cuidadora da Escola Maria Oliveira Santos

 

 

 

Fotos: Juliana Santana e Érica Xavier