Vivência, aprendizado e apresentações culturais marcam o encerramento do projeto Bossa Criativa em São Cristóvão

29/08/2022 - 14:50 Atualizado há 5 dias



A ‘Mostra Arte de Toda Gente - Bossa Criativa’, iniciou na última quinta-feira (25) e se estendeu até o sábado (27), na Praça São Francisco, em São Cristóvão. Foram três dias consecutivos de programação, com rodas de conversa, palestras, vivência, cursos, apresentações artísticas e a Feira São Criativos. O evento foi resultado de uma parceria entre a Fundação Nacional de Artes (Funarte), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Prefeitura Municipal.

 

Feira São Criativos fez parte do evento

 

Na sexta-feira (26), por exemplo, foi debatida a “Diversidade Cultural, Respeito e Tolerância às Representações Culturais” e o “Estudo da Origem Nordestina do Forró - Patrimônio Cultural da Humanidade”, além do curso “Formas de Valorização e Salva-Guarda do Patrimônio Vivo (Lei Municipal dos Mestres)”.

 

O curso foi ministrado por Renata Galvão do IPHAN de Goiás, que iniciou sua fala diferenciando cultura, identidade, diversidade e patrimônio. No curso ela ainda explicou sobre patrimônio imaterial que “são as vivências, práticas e saberes que para terem o registro precisam de continuidade histórica de, no mínimo, três gerações e do interesse da comunidade”, disse.

 

Renata Galvão do IPHAN de Goiás

 

Em toda programação o evento contou com a participação de representantes da Universidade Federal de Sergipe (UFS), artistas, mestres e população. Segundo a diretora de cultura e arte da Fundação Municipal de Cultura e Turismo (Fumctur), Elma Santos, “o que mais deixou a organização satisfeita foi a adesão do público, que esteve presente não apenas durante as apresentações na Praça, mas também nas palestras, cursos, debates. Com essa participação ativa, entendemos que o objetivo maior do evento o foi alcançado”, frisou.

 

Elma Santos, diretora de cultura e arte da Fumctur

 

Mariana Pietrobon, coordenadora geral do projeto Bossa Criativa, fez um balanço de todo o evento e avaliou como extremamente positivo. “Foram muitas discussões e debates sobre patrimônio imaterial, material, sobre as questões locais e os desafios pra preservação, manutenção e valorização desse patrimônio. Enfim, tivemos um caldeirão de referências que levaremos ao projeto, com todas essas imagens e todos esses registros que vão ficar na história, pois nesses três dias tivemos uma amostra bem rica de tudo o que o município faz pela cultura e pelo patrimônio”, salientou.

 

 Mariana Pietrobon, coordenadora geral do projeto Bossa Criativa

 

Participação do povo

 

A turismóloga Viviane Castro, moradora da grande Rosa Elze, teve a oportunidade de revisitar a Ilha Grande através da vivência realizada na manhã do encerramento do projeto. “Foi muito mais que uma visitação, pois conhecemos a cultura local através dos próprios moradores, que nos contaram histórias, que nos ofereceram almoço, com uma gastronomia local, além da apresentação do samba de coco”, destacou.

 

Viviane Castro, turismóloga

 

Outro morador da cidade presente no evento foi o cervejeiro André Amaral, que vendeu suas cervejas artesanais durante a Feira São Criativos. “A gestão está de parabéns pelos eventos realizados, porque por meio deles podemos aumentar a renda familiar, além de ver de perto esse fomento à cultura do município, tão importante para divulgar os fazeres da Cidade Mãe por todo estado”, afirmou.

 

André Amaral, cervejeiro

 

Já Eduardo Pina, professor do departamento de história da UFS, afirmou que foi um evento democrático e com espaço pra todos. “Não foi um encontro em que tivemos apenas a voz dos artistas, dos mestres e da academia. Foi muito gratificante ver de perto que a população teve participação, teve voz. Em outras palavras, foi significativo porque teve a representatividade do povo, da academia e do poder público”, explicou o professor.

 

Eduardo Pina, professor do departamento de história da UFS

 

 

 

Fotos: Dani Santos