Seminfra e CAU/SE firmam parceria visando adequação de residências da Portelinha

08/02/2023 - 16:57 Atualizado há 1 dia



Com o intuito de definir um conjunto de intervenções e adequações, além de buscar a estruturação de políticas públicas de moradia para a comunidade Portelinha, foi realizado no último sábado (04), um diagnóstico de 50 residências da localidade. A iniciativa foi do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Sergipe (CAU/SE), em parceria com a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminfra) de São Cristóvão.



A atividade faz parte da Oficina de Assistência Técnica de Habitação de Interesse Social (ATHIS) para Melhorias Habitacionais. Segundo a presidente do CAU, Heloísa Diniz, além de conscientizar os profissionais da arquitetura que participam do curso sobre o seu papel social, a ação busca auxiliar o município na construção de propostas que beneficiem à população.

 




“A maior parte do déficit habitacional não é por nova moradia, mas sim por qualificação daquelas que já existem. Então ter um projeto como este de melhorias habitacionais é fundamental. Nossa intenção é que isso não fique só na Portelinha, mas que a Prefeitura possa a partir disso, ter um modelo, construindo um orçamento para isso e para que se torne uma política pública para todas as áreas similares a essa comunidade”, explicou Heloísa.

 

Presidente do CAU, Heloísa Diniz

 

O arquiteto da Seminfra, Igor Santos explicou que após a etapa de diagnóstico das residências, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo disponibilizará um projeto para o município apontando quais delas precisam receber algum tipo de adequação. A partir disso, o município irá analisar a possibilidade de realizar as reformas nas casas que com maior urgência para receber os serviços. “Além disso, o CAU está nos assessorando para que depois a equipe possa expandir a prática da ATHIS em outros pontos da cidade”, acrescentou. 

 


Arquiteto da Seminfra, Igor Santos

 

Também atuando enquanto arquiteta na Seminfra, Jéssica Andrade falou sobre os impactos positivos que as possíveis melhorias estruturais nas residências poderão causar na comunidade. “Isso vai ter um impacto direto na qualidade de vida das pessoas, porque a reforma das casas não está ligada somente à questão estética, mas afeta diretamente a saúde e segurança das pessoas que nelas residem”, apontou. 

 


Arquiteta na Seminfra, Jéssica Andrade

 

A professora do curso ATHIS, Mariana Estevão, elogiou a iniciativa da Prefeitura de São Cristóvão, destacando que o projeto pode se tornar referência. “A precaridade habitacional compromete muito a saúde e a qualidade de vida de muitas famílias. A atividade que está sendo realizada hoje é um exemplo que pode se multiplicar pelo país, entendendo que a realidade de cada território é diferente, por isso essa atuação tem que ser muito próxima das pessoas e com os profissionais dialogando e construindo juntos com as famílias”, finalizou. 

 


Professora do curso ATHIS, Mariana Estevão

 


Fotos: Inácio Prado