Secretaria de Saúde de São Cristóvão realiza ação de combate ao Caramujo Gigante Africano no Centro Histórico do município

07/07/2023 - 15:58 Atualizado há 1 hora



Na manhã da última quinta-feira (06), a Secretaria Municipal de Saúde de São Cristóvão realizou uma ação de conscientização e combate ao Caramujo Gigante Africano, cuja presença tem se tornado mais recorrente nas redondezas do Centro Histórico da Cidade Mãe desde o início das chuvas invernais. A ação contou com a presença de Agentes de Combate às Endemias, que realizaram a busca ativa e remoção manual dos caramujos, além de levar informações aos moradores através da distribuição de panfletos.

 

 

Segundo John Gustavo Lima, coordenador de Vigilância Ambiental e Saúde de São Cristóvão, o objetivo da mobilização foi o controle populacional do Caramujo Gigante Africano, que é uma espécie invasora no nosso país, considerada como praga. Assim, a remoção manual se torna uma estratégia de combate, já que nos períodos chuvosos eles tendem a se reproduzir em maior número e velocidade.

 

“São caramujos que podem trazer riscos à saúde, então recomendamos que a população não toque nesse animal sem o uso de equipamentos de proteção e que procure a Vigilância Ambiental do município para receber orientações quanto ao manejo e controle dos caramujos”, explica Gustavo.


John Gustavo Lima, coordenador de Vigilância Ambiental e Saúde de São Cristóvão

 

 

Cuidados com o Caramujo Gigante Africano

 

Apesar de confundir e assustar a população, o Caramujo Gigante Africano não é um tipo de caramujo que transmite a esquistossomose, porém pode transmitir outras doenças. Ele é um hospedeiro intermediário de dois vermes - Angiostrongylus costaricensis e Angiostrongylus cantonensis, que causam respectivamente as doenças angiostrongilíase abdominal e meningite eosinofílica.

 

A angiostrongilíase abdominal tem como sintomas fortes dores abdominais, febre, perda do apetite e vômitos, podendo culminar com a perfuração do intestino, hemorragias e em alguns casos, levar à morte.  Já a meningite eosinofílica ocorre quando o verme se aloja no sistema nervoso central do paciente, provocando a inflamação das meninges (membranas que recobrem o cérebro). 

 

Levando em conta que os vermes causadores das doenças citadas podem ocorrer no interior do caramujo e no muco que eles liberam para se locomover, é importante que haja os cuidados corretos em relação ao animal.  Por isso, os seguintes cuidados são recomendados para a população que se depare com o mesmo:

 

1- Nunca pegar o caramujo sem proteger as mãos com luvas ou sacos plásticos;

 

2- Higienizar frutas, verduras e hortaliças antes de ingeri-las, deixando-as mergulhadas em uma mistura contendo uma colher de sopa de água sanitária para um litro de água, durante 30 minutos e enxaguar bem antes de comê-las;

 

3- Não comer, não beber, não fumar e não levar a mão à boca durante o manuseio do caramujo. Caso queira comer, beber ou fumar, tirar as luvas e lavar as mãos depois de ter tido o contato com o animal;

 

4- Conservar o quintal limpo, pois os Caramujos Gigantes Africanos costumam ficar embaixo de folhas, de entulhos, em lugares úmidos ou sem incidência de luz solar.

 

Caso a incidência de caramujo seja encontrada, a Secretaria Municipal de Saúde indica que o indivíduo colete-os com as mãos protegidas com luvas ou sacos plásticos, coloque-os em sacos plásticos resistentes e entre em contato através do telefone (79) 3045-4915 para a notificação e retirada dos animais.