São Cristóvão recebe curso do Programa Mortalidade Zero promovido pela Fundação Abrinq

27/04/2023 - 22:24 Atualizado há 1 dia



Nos dias 25 e 26 de abril, o município de São Cristóvão recebeu o curso do Programa Mortalidade Zero, promovido pela Fundação Abrinq, para profissionais da saúde do município. As capacitações foram propostas para médicos e enfermeiros no primeiro dia, na Unirb, e para agentes comunitários de saúde no segundo dia, na Universidade Federal de Sergipe. O principal intuito da formação foi mostrar mecanismos de combate à mortalidade infantil e materna por causas evitáveis, além de fortalecer e criar grupos de gestantes na comunidade.

 

 

O Programa Mortalidade Zero foi criado em 2021 e atua nos estados da Bahia, São Paulo e Sergipe. A iniciativa apoia as cidades no combate à mortalidade infantil, trabalhando intersetorialmente com as Secretarias Municipais de Saúde, Educação e Assistência Social para a elaboração de um plano de redução do óbito infantil no município. Por sua vez, a Fundação Abrinq (Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos), responsável pelo desenvolvimento do programa,  atua desde 1990 em defesa dos direitos de crianças e adolescentes.

 

O diretor de Vigilância e Atenção à Saúde do município, José Marcos Santos, participou do primeiro dia de formação e comemora a passagem da Fundação Abrinq, por ser uma importante iniciativa para o fortalecimento das políticas públicas municipais. “Esse Programa Mortalidade Zero vem fortalecer ações já implementadas pela Secretaria Municipal de Saúde, nos ajudando no enfrentamento aos óbitos maternos e infantis por causas evitáveis, com formações programadas de abril a setembro de 2023 para médicos, enfermeiros e agentes comunitários de saúde da nossa Atenção Primária, além de reuniões intersetoriais para ajustes nessa perspectiva”, conta.

 

José Marcos Santos, diretor da Vigilância e Atenção à Saúde do município

 

São Cristóvão se destaca por já possuir um Plano Estratégico elaborado em conjunto com o Comitê Municipal de Prevenção de Óbitos Materno, Infantil e Fetal (COMPROMIF), vinculado à Diretoria de Vigilância e Atenção à Saúde (DiVAS) da Secretaria Municipal de Saúde, com parcerias intersetoriais. O Programa da Fundação Abrinq, portanto, chega para fortalecer as ações do Comitê; oferecendo formações aos profissionais da nossa Atenção Primária; incentivando a criação de mais grupos de gestantes nas Unidades Básicas de Saúde; e informando mães, gestantes e população sobre temas relacionados à gravidez e puerpério através da realização de campanhas sobre a importância do aleitamento materno e adesão ao pré-natal.

 

Juliana Silveira, Coordenadora de Vigilância Epidemiológica de São Cristóvão, pontua que a parceria com a Fundação Abrinq é fundamentada na necessidade de educação permanente rotineira com os profissionais, para discussão dos protocolos ministeriais e atualização dos fluxos e rotinas municipais. “O óbito infantil é um indicador de saúde que avalia a assistência materna infantil do município. A Vigilância Epidemiológica, através da Vigilância do Óbito, tem por objetivo entender qualitativa e quantitativamente cada caso. Desse modo, gerar dados e traçar estratégias junto à Atenção à Saúde para o enfrentamento da problemática é uma ação extremamente importante para o município”, ressalta.

 

Juliana Silveira, Coordenadora de Vigilância Epidemiológica de São Cristóvão

 

Agentes Comunitários de Saúde

 

O segundo dia de curso foi ministrado por Thais Turno, assistente técnica do programa. Sua fala foi voltada para agentes comunitários de saúde, dando continuidade ao tema da mortalidade infantil e materna, com atenção à saúde da criança e da mãe - desde os cuidados no planejamento reprodutivo até o nascimento e os primeiros anos de vida da criança.

 

“Os profissionais, principalmente os da Atenção Básica, são a base da saúde. Eles que vão referenciar o que é alto risco, média complexidade, apontar os exames que devem ser feitos e onde devem ser feitos. É importante que todos os profissionais estejam alinhados para que as melhores assistências sejam feitas para as mulheres no ciclo gravídico e para as crianças”, afirma Thais, reforçando que a formação é um estímulo para a criação de novos grupos de gestantes nas unidades de saúde.

 

Thais Turno, assistente técnica do programa Mortalidade Zero

 

A agente comunitária Ana Acácia Feitosa foi uma das participantes e acredita que os novos conhecimentos enriquecem seu trabalho em comunidade, pois trazem um olhar diferente para o que se vê no dia a dia. “A gente precisa avaliar as causas da mortalidade infantil e uma capacitação é sempre importante para gente e para as gestantes. Alguns problemas como a hipertensão, por exemplo, podem ser tratados se descobertos logo”, reforça.

 

Ana Acácia Feitosa, agente comunitária de saúde

 

Lívia Gouveia foi outra agente comunitária de saúde que participou do curso e, para ela,  as informações passadas ajudarão não só no combate à mortalidade infantil e materna, mas também na qualidade de vida das gestantes e crianças atendidas: “Como já fazemos esse trabalho de acompanhamento e de prevenção de saúde, passando informações para as mães sobre os cuidados que elas têm que ter, acredito que essa formação vai agregar mais conhecimento para ser compartilhado e melhorar o cuidado”.

 

Lívia Gouveia, agente comunitária de saúde

 

Fotos: Heitor Xavier, José Marcos, Clara Dias