Programa Melhor em Casa realiza matriciamento com equipe do Hospital Cirurgia em Aracaju

27/10/2023 - 23:11 Atualizado há 2 horas



Nesta sexta-feira (27), a equipe do Programa Melhor em Casa de São Cristóvão visitou o Hospital Cirurgia, em Aracaju, para realizar o matriciamento da equipe em relação aos fluxos e processos relacionados à desospitalização dos pacientes. O matriciamento consiste em um modo de produzir saúde com duas ou mais equipes construindo uma proposta de intervenção pedagógico-terapêutica de forma compartilhada.

 

Os profissionais que integram o programa têm feito visitas de matriciamento em diversos hospitais da capital e do estado com o intuito de conhecer as equipes e a demanda, alinhar os discursos e expressar o laço profissional entre equipes do Programa e dos hospitais, que devem trabalhar de maneira colaborativa, otimizando o atendimento e cuidado dos pacientes. 

 

 

A coordenadora do Programa Melhor em Casa em São Cristóvão, Camila Barreto, explica que o paciente que está no leito hospitalar que já tem uma habilidade clínica pode ser desospitalizado com segurança, indo para seu domicílio sem criar nenhum risco à sua saúde. Esse é o papel do Melhor em Casa, fazer o leito da alta complexidade ter maior dinamismo nas altas e admissões de novos pacientes, o que é positivo também financeiramente, uma vez que o custeio de um paciente no leito hospitalar é mais elevado.

 

“Nosso maior objetivo é evitar essa hospitalização e liberar o leito hospitalar, por isso estamos dando continuidade a um serviço que já era feito de conversar com os setores da Central de Regulação dos hospitais, os setores responsáveis pela desospitalização. Então, viemos conversar para ajustar todos os pontos de ligação entre os serviços”, destaca a coordenadora.

 

Camila Barreto, coordenadora do Programa Melhor em Casa em São Cristóvão

 

Samanta Monteiro, gerente do Núcleo de Regulação do Hospital Cirurgia, ressalta que os Serviços de Atenção Domiciliar (SAD) são muito importantes para o hospital, pois o local é referência em todo o estado em especialidades como ortopedia, cardiologia, urologia, entre outras, o que torna o leito precioso para as necessidades dos pacientes que demandam cuidados.

 

“Nós precisamos girar o leito o mais rápido possível para trazer outros pacientes que estão em espera. Funciona como uma engrenagem, se não funcionar em um âmbito e o paciente atrasar precisa de um curativo, o Programa pode resolver isso. Isso é muito importante, porque o paciente vai dar continuidade ao tratamento na sua casa, fora de um ambiente hospitalar, e é essencial tanto para a família também estar participando desse cuidado com o paciente quanto para o hospital, que vai desospitalizar e gerar vaga para quem está aguardando na rede”, explica a gerente.

 

Samanta Monteiro, gerente do Núcleo de Regulação do Hospital Cirurgia

 

Quando os profissionais do hospital compreendem que um paciente pode receber os cuidados em seu domicílio, a equipe do Programa Melhor em Casa de São Cristóvão deve ser contatada para realizar uma visita de avaliação e, assim, encaminhar o paciente para o Serviço de Atendimento Domiciliar.



Programa Melhor em Casa

 

O Programa Melhor em Casa é uma iniciativa do Ministério da Saúde implantada em diversos municípios e tem o objetivo de oferecer o serviço de atendimento domiciliar a pacientes, evitando a hospitalização desses usuários. Com o atendimento a domicílio realizado por equipes multiprofissionais, o paciente pode permanecer em seu espaço familiar, recebendo um cuidado humanizado e diminuindo os custos de uma internação evitável.

 

Podem fazer uso do programa os pacientes que precisam de equipamentos e outros recursos de saúde e demandam maior frequência de cuidado, com acompanhamento contínuo. A indicação para o atendimento domiciliar pode vir de diferentes serviços da rede de atenção. Em São Cristóvão, cerca de 450 visitas realizadas mensalmente pelo Melhor em Casa.

 

A prestação de assistência à saúde é de responsabilidade da equipe multiprofissional de atenção domiciliar (EMAD) e da equipe multiprofissional de apoio (EMAP), sendo o cuidado compartilhado com a família ou cuidador responsável. A capacitação e informação para o cuidado de familiares e cuidadores também é uma característica positiva do programa, que estende sua preocupação para quem está ao redor do paciente. Na Cidade Mãe, a equipe é formada por duas médicas, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeuta, nutricionista, psicólogo e fonoaudiólogo.

 

 

Fotos: Clara Dias