FASC 2023: Faltando um mês para o festival, expectativa cresce entre os comerciantes da cidade

01/11/2023 - 19:39 Atualizado há 9 horas



 

Considerado um dos grandes eventos culturais do Brasil, o Festival de Artes de São Cristóvão (FASC 2023) vai acontecer entre os dias 01 e 03 de dezembro. Faltando um mês para o início da festa, a expectativa é grande entre os trabalhadores dos setores de comércio e turismo, que esperam ansiosamente pela chegada do evento que promete turbinar os negócios. 

 

Todos os anos o FASC reúne milhares de pessoas na cidade, moradores de São Cristóvão, de outros municípios de Sergipe, de outros estados do Brasil e até de outros países. No ano passado, um público de 50 mil por dia, em média, lotou as ruas do Centro Histórico, o que agrega ao festival uma importância econômica significativa para a Cidade Mãe de Sergipe, como explica o secretário de desenvolvimento econômico e trabalho, Josenito Oliveira.

 

“O Festival é muito importante culturalmente mas também tem uma dimensão econômica. O FASC  mexe com toda a cadeia de serviço aqui do município: bares, restaurantes, artesanato, todo o setor de comércio de um modo geral. Tem também o aluguel  dos imóveis para receber os turistas. E, claro, não podemos esquecer da importância social, à medida que beneficia ambulantes da cidade e até gente que vem de fora. Tudo isso gera um ciclo de desenvolvimento porque a maior parte desse recurso que circula, fica na cidade”, pontuou o secretário.

 

 

Josenito Oliveira, secretário de desenvolvimento econômico e trabalho

 

 

A multidão que enche as ruas de São Cristóvão tem papel importante para beneficiar tanto o comércio formal, quanto os cerca de 150 comerciantes dos ramos de artesanato, alimentos e bebidas que devem participar da festa. Dona Marieta Santos, por exemplo, é proprietária da Casa das Queijadas, localizada na Praça da Matriz, e há 40 anos vende seus doces, feitos de forma totalmente artesanal. Ela conta que durante o festival as vendas aumentam de forma tão significativa que ela define o crescimento como um milagre. 



“É uma benção, um milagre. Nas últimas edições do festival nós vendemos demais e tenho certeza que esse ano também vamos ter boas vendas. Eu acredito que o sucesso que fizemos nos últimos anos tem a ver com o aumento do turismo, graças a divulgação feita pela gestão municipal, que atrai as pessoas para a cidade. Recebemos aqui muita gente de Aracaju, de outros municípios de Sergipe e de todo o Brasil”, relatou. 

 

 

Dona Marieta Santos, proprietária da Casa das Queijadas

 

Já Edineide Santos, dona da Casa do Beijú, reforça o impacto positivo do Festival sobre as vendas. Segundo ela, o FASC permitiu um aumento de 80% no número de produtos vendidos. “Ano passado nossas vendas aumentaram em mais de 80%. Esse ano nós já estamos nos organizando para produzir ainda mais que em 2022 e atender bem a todo o público”.

 

 

Edineide Santos, dona da Casa do Beijú

 

 

 

Élder Correia é dono do restaurante Ivorá, localizado próximo à Praça São Francisco. O comerciante conta  que o estabelecimento foi inaugurado pouco antes do início do festival, no ano passado, por conta de um esforço para participar do FASC. Élder destaca que o sucesso de vendas no evento foi tão grande que conseguiu reaver parte do valor investido no negócio. 

 

“Nós inauguramos o restaurante um mês antes do FASC. Corremos para o Ivorá estar aberto durante o festival, para poder aproveitar o evento, que para nós foi muito importante, porque conseguimos recuperar parte do investimento. Já estamos nos preparando; realizamos reunião hoje para planejar nosso atendimento durante a festa. Nós temos grande expectativa. Estaremos abertos todos os dias, servindo almoço e pizza para o público do festival”. 

 

 

Élder Correia, dono do restaurante Ivorá

 

 

O FASC carrega uma dimensão cultural que potencializa, em especial, produtos que têm forte ligação com a cultura da Cidade Mãe, como a bebida Pisa Macio, que esse ano foi eleita Patrimônio Cultural de Sergipe. Produzida há mais de 35 anos, a cachaça é um dos itens mais desejados pelo público do festival. 

 

“A gente sempre tem uma procura muito grande, que chega a esgotar o produto. Mas é sempre muito bom ver o grande público que procura o Pisa Macio legítimo, que só é vendido aqui”, Contou Ângela Silva, que produz a bebida.

 

 

 

Ângela Silva, produtora da bebida

 

 

Além de produtos alimentícios, o público do FASC consome itens artesanais produzidos na cidade, como esculturas, bonecas de pano e roupas, beneficiando artesãos da cidade como Marcelo Marques:“Olha, eu tive a  experiência de comercializar no festival no  ano passado e vendemos muito. Então, claro que a expectativa para esse ano é muito positiva”, relatou o artesão. 

 

 

Marcelo Marques, artesão

 

 

O FASC

 

 

O Festival de Artes de São Cristóvão é uma realização da Prefeitura, por meio da Fundação Municipal de Cultura e Turismo João Bebe Água (Fumctur), e do Governo Federal, através do Ministério da Cultura. O patrocínio fica por conta da Maratá, RR Conect, Vitória Transportes e SE -  Sistema Engenharia. O evento também possui habilitação pela Lei Rouanet, uma Lei Federal de Incentivo à Cultura que concede isenção às empresas que patrocinam eventos culturais.

 

Com mais de 51 anos de história, o FASC é um dos maiores eventos do Nordeste. A última edição, no ano passado, registrou recorde de público, com a presença diária de aproximadamente 50 mil pessoas circulando pelas ruas da cidade. O Festival contará com apresentações musicais, teatrais, dança, literatura, feiras gastronômicas, artesanato, palestras, oficinas e exposições. O evento terá uma programação que será distribuída em locais públicos, organizados de forma a garantir acessibilidade e sustentabilidade gratuitamente em todo o Centro Histórico e outros pontos da cidade.

 

 

Atrações confirmadas

Entre os artistas confirmados no festival até o momento estão: Nona, Camilla Cristyne, Djonga, Joésia Ramos, Pato Fu, Rachel Reis, Arlindinho, Marina Sena, Carlinhos Brown,  Liniker, Zeca Baleiro e a banda de reggae estadunidense Groundation.

 

 

 

 

Fotos: Fernando Correia e Jhonny Oliveira.