Casa dos Saberes e Fazeres completa dois anos fomentando a cultura e beneficiando artesãos

12/08/2023 - 15:56 Atualizado há 1 dia

Grande vitrine da cultura sancristovense e importante instrumento para a autonomia financeira de artesãos e produtores de arte do município, a Casa dos Saberes e Fazeres completa dois anos neste sábado (12).

O espaço, localizado na Praça São Francisco, foi criado para agregar artesãos que já comercializavam na Feira São Criativos e bonequeiras que produziam na Casa das Bonecas. Em 2021 o novo espaço foi inaugurado para garantir um melhor ambiente para contemplar os artistas da cidade. Atualmente, 28 pessoas comercializam sua produção no local, com uma diversidade como bonecas de pano, esculturas, roupas, pinturas, cordéis, doces e licores.

Tudo produzido artesanalmente, como explica a coordenadora Cláudia Oliveira Silva:

“A gente não aceita nada industrializado. É produzido um artesanato bem feito, porque quase em lugar nenhum você encontra um artesanato totalmente manual. A maioria são com peças industrializadas. Aqui a produção é dos nossos artesãos e a gente sempre procura usar a temática sobre a cidade, grupos folclóricos, personagens, envolver a identidade da cidade em tudo”, pontuou a coordenadora.

Cláudia Silva, coordenadora da Casa

Além da população local, o espaço recebe um público formado por turistas de várias partes do país e do exterior, que encontram na casa um lugar para conhecer a cultura sancristovense e levar uma recordação da cidade. A presidente da Fundação de Cultura e Turismo João Bebe Água, Paola Santana, destaca que o número de visitantes no espaço superou as expectativas e já gerou um retorno três vezes maior que o previsto no estudo econômico feito pela gestão.

Diante do sucesso da casa, a Fumctur identificou a necessidade de um espaço ainda maior para que mais artesãos possam comercializar com conforto. Por isso a presidente da Fundação ressalta que um novo ambiente está sendo preparado:

“A gente transformou a sala em casa para poder acolher mais artesãos e agora, para receber ainda mais artesãos, estamos viabilizando um novo espaço, perto da Praça São Francisco. A gente está em processo de contratação desse novo espaço e a ideia é que ele possibilite que elas façam mais atividades como oficinas, sarau para venda dos materiais e que isso ajude a complementar a renda dos produtores de cultura daquele espaço”, concluiu.

Paola Santana, presidente da Fumctur

Dessa forma, a tendência é beneficiar ainda mais pessoas que produzem cultura, como Carmem Santos, que produz artesanato e doces, e conta que sempre viveu de trabalhos produzidos de forma autônoma.

“ Eu acho que eu vivi a vida toda tentando empreender e me reinventando. Então, faço um pouco de tudo. Aqui eu trabalho um pouco com doces caseiros, sempre trabalhei com artesanato e pra mim é muito importante estar me capacitando, em busca de conhecimento e em busca de renda. É de grande valor o que eu tenho de retorno daqui”, relatou.

Carmem Santos, artesã

Para Marta Menezes, o artesanato é uma herança de família. Especialista em bonecos e bordados, ela conta que durante toda a vida produziu arte e ainda que tenha um outro ofício, segue fazendo sua produção:

“Trabalho principalmente com elementos que envolvem São Cristóvão e a sergipanidade. Faço Artesanato desde menina, aprendi com minha avó, minha mãe sempre viveu do artesanato. Hoje eu tenho uma profissão e o artesanato é o acompanhamento de renda mas, principalmente, um amor. É muito mais pelo amor que pelo dinheiro”, disse, emocionada.

Marta Menezes, artesã