Semas leva oficina “Quebrando preconceitos com turbantes” para idosas do Cras Gilson Prado

21/10/2022 - 15:04 Atualizado há 1 dia



Com o intuito de desmistificar preconceitos étnico-raciais a partir do uso do Turbante como uma indumentária religiosa e um adereço de moda, a Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), realizou na última quinta-feira (20), a oficina “Quebrando preconceitos com turbantes”. A atividade foi realizada com cerca de 30 idosas que integram o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) do Cras Gilson Prado, no Rosa Elze.



Promovido pela Diretoria de Direitos Humanos da Semas, a oficina levou a discussão sobre intolerância religiosa, apresentou casos que já ocorreram no país e buscou quebrar o preconceito que existe sobre a utilização do turbante. “O turbante é o símbolo de várias religiões, para além da religião de matriz africana. A sociedade brasileira tem um alto teor de preconceito com quem utiliza o turbante, por isso achamos importante que exista uma conversa e uma oficina demonstrando os tipos de turbante e as suas diferenças. Entendemos que só conseguimos quebrar preconceitos a partir do momento que temos conhecimento”, destacou a diretora de direitos humanos, Caroline Trindade. 

 


Diretora de direitos humanos, Caroline Trindade

 

A coordenadora de promoção e igualdade racial da Semas, Acácia Maria, informou que a proposta é levar esse diálogo para outros locais da cidade, para que mais pessoas tenham acesso à informação. “Nosso objetivo, além de quebrar esse preconceito que existe sobre o uso de turbantes em pessoas de religião de matriz africana, é mostrar que existem vários tipos de turbantes, alguns que são usados como acessório da moda, por exemplo, e que o uso dele não é restrito à religião”, informou.


Coordenadora de promoção e igualdade racial da Semas, Acácia Maria

 

Moradora do Eduardo Gomes, a idosa de 61 anos, Maria de Lourdes, aprovou a iniciativa da oficina. “Achei ótima a atividade. Acredito que precisamos de mais atividades desse tipo para poder quebrar os preconceitos que existem. Aprendi a fazer os turbantes e adorei a oficina”, declarou.

 


Maria de Lourdes, moradora do Eduardo Gomes

 

Quem também gostou da ação foi a Maria Aparecida dos Santos, de 63 anos. Ela acredita que através de iniciativas como essas, a sociedade pode ir melhorando aos poucos. “Muito importante que aconteça esse tipo de atividade para que a gente tenha conhecimento. Temos que aprender a conviver com as diferenças, sem preconceitos. Só assim para termos uma sociedade melhor”, afirmou. 

 

Maria Aparecida dos Santos

 

Fotos: Dani Santos