Semana da pesca encerra com palestra sobre os “Aspectos da pesca em Sergipe e em São Cristóvão”

03/12/2021 - 15:26 Atualizado há 1 dia



A programação da Semana da Pesca encerrou nesta sexta-feira, 03, com uma palestra sobre os Aspectos da pesca em Sergipe e em São Cristóvão, realizada ao lado da Colônia de Pescadores Z-2, no centro da cidade. A iniciativa foi uma parceria da prefeitura de São Cristóvão, por meio da Secretaria do Meio Ambiente, Agricultura e Pesca (Semap), Universidade Federal de Sergipe (UFS) e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Sergipe (IFS).

 

Todas as atividades realizadas ao longo da semana foram alusivas ao Dia Mundial da Pesca, anualmente comemorado em 21 de novembro, seguido do Dia Nacional de Luta da Pesca Artesanal e dos territórios tradicionais pesqueiros ou, em outras palavras, o Dia do grito da Pesca Artesanal, comemorado em 22 de novembro. Datas que visam enaltecer aqueles que mantêm viva a cultura pesqueira tradicional, tão presente no município de São Cristóvão.

 

Segundo o secretário da Semap, Edmilson Brito, “foi uma semana voltada para fortalecer ainda mais a pesca do nosso município, que é tradicional neste segmento, principalmente na pesca artesanal, de menor proporção, com o uso de apetrechos mais simples, mas praticada com objetivos comerciais e de subsistência”, enfatizou.

 

Edmilson Brito, secretário da Semap

 

Durante a abertura do evento, o secretário reforçou o compromisso da prefeitura em dar todo o suporte possível para o desenvolvimento da pesca na cidade. “Trazer a abordagem sobre ordenamento pesqueiro é ajudar os pescadores a compreender que somos agentes modificadores do meio ambiente e precisamos agir de maneira sustentável. Então precisamos reforçar tais conhecimentos, através de dados, para que saibam como está o cenário da pesca em Sergipe e criemos estratégias para que a atividade se expanda e traga bons resultados”, pontuou o secretário.

 

Para ministrar o tema apresentado no encerramento, o evento contou com a participação do palestrante e graduando em engenharia de pesca Fabrício Sá Santana, que levou dados sobre vários aspectos da atividade. “Apresentar a estatística pesqueira é de suma importância para agir na conservação e no controle de informações sobre a produção pesqueira. É preciso controlar a pesca de determinadas espécies, ter conhecimento do custo e o lucro para os pescadores, publicar esses dados para mostrar os resultados e assim trabalhar para o desenvolvimento”, explicou.

 

Fabrício Sá Santana, palestrante

 

Também esteve presente no encerramento, o coordenador de pesca da Fecomércio, Humberto Eng, que considera a pesca como “uma atividade atrelada à vida, em todos os aspectos. Trata-se de uma questão cultural, principalmente aqui na cidade, o que torna fundamental ajudar as comunidades para que tenham mais conhecimento, no intuito de melhorar a qualidade da produção, que precisa ser sustentável e com segurança alimentar”, enfatizou.

 

Humberto Eng, coordenador de pesca da Fecomércio

 

Participação ativa da Colônia de Pescadores Z2

 

O presidente da Colônia de pescadores Z2, José Vitor Santos, aproveitou a oportunidade para agradecer aos pescadores pela luta constante e parabenizou a gestão pela troca de conhecimento e pela disponibilidade em ajudá-los. “Respeito muito o trabalho dos pescadores, a luta diária e o conhecimento que eles têm pelo tempo de experiência. Esse evento foi rico, por causa dessa troca de informações. A gestão tem feito um ótimo trabalho e o principal, a equipe se mantém aberta e disponível para nos ouvir”, enfatizou.     

José Vitor Santos, presidente da Colônia de pescadores Z2

 

Filho e neto de pescadores, Givaldo Santos seguiu os passos da família e atua no ramo há quase 18 anos. Pescador artesanal, utiliza os produtos capturados para o sustento e para o consumo da família. “Eventos como esse só nos beneficiam, porque a equipe sempre traz informações importantes para todos, inclusive minha família, que possui 11 associados nesse momento. A prefeitura fazendo parte da nossa realidade e conhecendo o nosso trabalho de perto, é mais fácil para nos ajudar”, disse.

 

Givaldo Santos, pescador

 

Fotos: Dani Santos