Prefeitura realiza panfletagem para alertar a população sobre violência contra a mulher

08/12/2021 - 18:10 Atualizado há 11 horas



Panfletagem realizada pela Prefeitura de São Cristóvão, através da Secretaria Municipal de Assistência Social e Trabalho (Semast), leva à feira livre do Eduardo Gomes informações sobre o combate à violência doméstica, que atinge majoritariamente mulheres. A ação integra a programação da Campanha dos 21 Dias de Ativismo Pelo fim da Violência contra a Mulher, impulsionada pelos dados exorbitantes desse tipo de violência no país, inclusive no município.

 

De acordo com levantamento nacional realizado pelo Datafolha, encomendado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBS), cerca de 17 milhões de mulheres sofreram algum tipo de violência desde o início da pandemia, em 2020. Já em São Cristóvão, este ano foram registrados aproximadamente 140 casos de mulheres vítimas de violência, segundo dados do Centro de Referência Especializado da Assistência Social (CREAS).

 

Para a diretora de Programas Especiais da Semast, Maria Helena Fortes, “os locais escolhidos para as ações do ativismo foram pensados para alcançar os diversos tipos de público. Aqui na feira, por exemplo, o nosso objetivo é alcançar os agricultores, produtores, vendedores, clientes. Precisamos disseminar o grito contra a violência em todos os espaços e lutar contra a impunidade”, afirmou.  

 

Maria Helena Fortes, diretora de Programas Especiais da Semast

 

A diretora avalia a ação como eficaz e gratificante, pois através das atividades realizadas, a equipe já consegue mensurar os resultados. “Percebemos a abertura da população através da aceitação das orientações e da divulgação do nosso trabalho. Importante informar o ciclo da violência, mostrar que é um problema estrutural, impregnado em nossa sociedade, que algumas vezes enxerga a mulher como objeto de subserviência. Precisamos fortalecer o debate e influenciar as gerações que estão por vir”, enfatizou.

 

Clientes e feirantes, atentos e receptivos às informações

 

Atenta às palavras da equipe da Semast, a dona de casa Alda Alves considera o trabalho de conscientização de suma importância, pelas informações transmitidas e por estimular a união de todos pela causa. “Não está escrito na testa se o parceiro é ou não uma pessoa violenta, mas precisamos estar atentas aos sinais. O agressor não vai mudar, por mais que ele prometa, então devemos nos unir, nos proteger. A prefeitura está de parabéns pelo trabalho, principalmente por divulgar os canais de denúncia, já que muitas situações não podemos prever”, afirmou.

 

Alda Alves, dona de casa

 

Para o feirante José Carlos Santos Silva, a alta incidência dos casos de violência doméstica deve ser atribuída à ineficiência das leis brasileiras. “Não existe justificativa para a violência contra a mulher e independente da situação o ideal é cada um ir para o seu lado e seguir em frente. Acredito que esses casos todos ocorram por causa das leis, que precisavam ser mais rígidas, com menos impunidade”, destacou.

 

José Carlos Santos Silva, feirante

 

Panfletagem da Semast na feira livre do Eduardo Gomes

 

Panfletagem da Semast na feira livre do Eduardo Gomes

 

Fotos: Dani Silva