Lei Aldir Blanc: oficina criativa promove resgate de brincadeiras e cantigas populares para educadores em São Cristóvão
04/02/2022 - 17:20 Atualizado há 11 horas

As brincadeiras tradicionais de infância proporcionam desenvolvimento social, físico, além de outros benefícios. Dessa forma, a Associação Ciranda Criativa realizou na manhã desta sexta-feira (04) na EMEF Maria Oliveira Santos do Madre Paulina, uma Oficina de Brinquedos e Brincadeiras Cantadas da Cultura Popular. Essa iniciativa foi contemplada pelo último edital da Lei Aldir Blanc em São Cristóvão.
De acordo com a sócio fundadora da associação, Mony Grazielle, esse projeto foi direcionado a educadores com o objetivo de resgatar a cultura das brincadeiras cantadas, assim servindo de repertório para que os professores possam levar nas aulas do dia a dia e garantir o desenvolvimento dos jovens.
“As brincadeiras e os jogos cantados auxiliam a criança no desenvolvimento motor e corporal, mas especialmente, queremos oferecer que essa oficina proporcione à criança uma infância alegre e feliz. Então nós incentivamos que os professores brinquem com os alunos, não só durante o recreio mas que durante as aulas, eles ensinem brincando com as crianças”, detalhou.
Mony Grazielle, sócio fundadora da Associação Ciranda Criativa
Durante a prática, membros da associação e professores revisitaram brincadeiras como pula corda, adoleta, folguedos como o Cacuriás do Maranhão, o Samba de Coco de Dona Madá, entre muitos outros. Representando a Fundação Municipal de Cultura e Turismo João Bebe Água (Fumtur), a coordenadora da Casa das Culturas Populares, Glória Maria, considerou o momento como uma troca de saberes e de muito aprendizado. “Com essa oficina os professores vão saber como se comportar na sala de aula com as brincadeiras populares, retomando essas culturas tradicionais que se perderam com o tempo e aplicando em sala de aula”.
Glória Maria, coordenadora da Casa das Culturas Populares
Educadores elogiam a iniciativa
A professora de educação básica do 1º ano do fundamental I, Ariete Santos Passos, destacou a importância da música na percepção de espaço, além de promover a linguagem verbal e não verbal de forma divertida. “Estamos num momento onde as crianças estão muito voltadas para tecnologia, o que não é algo ruim mas falta muito dessas brincadeiras na rua, que seja na frente de casa, no quintal com os colegas e na escola para desenvolver mais disso, a sociabilidade, coordenação, interação e conhecimento também de mundo”.
Ariete Santos Passos, professora
Já a professora do jardim II, Gleice Kelly, declarou a oficina como engrandecedora e ótima para trabalhar com as crianças. “O resgate dessas brincadeiras é importantíssimo pois trabalham com o corpo da criança, a coordenação motora, e o resgate da nossa cultura, não deixando morrer”.
Gleice Kelly, professora
Fotos: Dani Santos