Lei Aldir Blanc: Exposição 'Retratos da Urbanização' é aberta no IPHAN

04/05/2022 - 16:17 Atualizado há 22 horas



A Prefeitura de São Cristóvão, por meio da Fundação Municipal de Cultura e Turismo (Fumctur) promoveu na manhã desta quarta-feira (04), na sede do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a abertura da exposição ‘Retratos da Urbanização: Histórias Invisíveis da Cidade’, contemplada pela multiartista Kûara Sy. Facilitando a visibilidade dos artistas locais, a mostra foi proporcionada pelo último edital da Lei Aldir Blanc.

 

Composta por dez fotografias tiradas pelo próprio celular, Kuâra conta que a ideia da exposição surgiu após observar uma série de imagens em sua galeria que formavam uma história, e que a partir da Lei Aldir Blanc, se materializou em sua primeira exposição na Cidade Mãe de Sergipe.

 

“Está sendo um momento de muita felicidade e alegria. A Lei foi incrível e me deu uma perspectiva de realizar alguma coisa, pois sabemos que o nosso país não incentiva os artistas de sua terra, principalmente artistas indígenas em retomada, então é muito bom ver isso acontecendo”, disse a multiartista.

 

Kûara Sy, multiartista

 

Abordando temas que perpassam na cidade, mas que são despercebidos durante o dia a dia, a proposta da exposição é retratar as consequências da urbanização. A abertura contou ainda com a participação dos alunos da EMEF Gina Franco e amigos da artista. “O incentivo é para que as pessoas se sintam um pouco mais valorizadas. Vivemos numa sociedade mecanizada que acaba embrutecendo nosso corpo e nosso sentir, e com isso, acabamos banalizando a nossa vida e a de outras espécies”, explicou Kûara.

 

 

 

Segundo a diretora de cultura da Fumctur, Elma Santos, o resultado do último edital da Lei Aldir Blanc foi positivo, pois ampliou a apresentação de trabalhos das diversas áreas como dança, música, teatro, entre outros. “Através desses trabalhos conseguimos dar publicidade para esses artistas sancristovenses que muitas vezes não conseguem ter espaço para expor seus trabalhos em outras situações. Por isso, estamos tornando público e dando acessibilidade não só a São Cristóvão, mas também a turistas e pessoas de outros locais a conhecer o trabalho dos artistas daqui”.

 

Elma Santos, diretora de cultura da Fumctur

 

A arte como forma de educação

 

Para a professora de história e educação patrimonial da EMEF Gina Franco, Ana Maria, a exposição foi muito tocante tanto para ela como para seus alunos, que começarão a refletir o que está ao seu redor. “Foi muito boa, toda a valorização é válida principalmente de artistas locais, o olhar sensível que ela demonstrou com os invisíveis, da cultura da periferia e suas origens. Eu gostaria que todos tivessem a oportunidade que ela teve de expor seu trabalho de tornar visível o que se passa no cérebro de um artista”, comentou.

 

Ana Maria, professora

 

O professor de matemática da EMEF Gina Franco, Joabe Varjão, também compartilhou da mesma opinião, ressaltando a importância dos alunos refletirem acerca do cotidiano. “A partir de hoje, os alunos vão ver cenas nas ruas e não vão normalizar como fazemos atualmente. Eles vão pensar e não vão ficar simplesmente aceitando aquilo, mas sim se sensibilizar de fato com aquela cena apresentada”, finalizou.

 

Joabe Varjão, professor

 

A exposição ‘Retratos da Urbanização: Histórias Invisíveis da Cidade’ permanece aberta para visitação até 26 de junho, no Casarão do IPHAN - São Cristóvão, com horário de funcionamento das 8h às 12h e das 14h às 17h, de segunda à sexta.

 

 

Fotos: Heitor Xavier