Casa da Costura Dona Zil inicia novos cursos profissionalizantes em São Cristóvão

06/06/2022 - 14:46 Atualizado há 8 horas



Servindo como espaço de formação e empreendedorismo para os sancristovenses, a Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), por meio da Casa de Costura Dona Zil, iniciou nesta segunda-feira (06), uma nova rodada de cursos profissionalizantes. 

 

Com cursos destinados à costura criativa, crochê básico e intermediário, além de bordado básico e intermediário, o objetivo dessas oficinas é qualificar a comunidade de São Cristóvão e inseri-las para o mercado de trabalho por meio da estrutura da Casa da Costura e da interação social com os artesãos locais.  

 

 

 

Para a coordenadora de inclusão produtiva da Semas, Kelly Oliveira, é esperado que os alunos criem uma autonomia individual e, consequentemente, tenham formas de renda para sustento próprio e familiar.  “Queremos que as pessoas vejam esse espaço como uma forma terapêutica. Esses alunos vivem um contexto de extrema pobreza e aqui eles poderão sair dessa situação atual e criar a sua independência”, explicou.

 

Kelly Oliveira, coordenadora de inclusão protetiva do Semas

 

Na manhã de hoje, foram iniciadas as aulas do curso de costura criativa, que tem como proposta trabalhar alguns conceitos dentro da produção de moda desde conceitos para desenvolver as suas próprias ideias, além de questões sustentáveis e ligadas à criatividade. De acordo com o facilitador da oficina, John Eldon, a expectativa “é de potencializar o que esses alunos já fazem e orientar a partir de tendências contemporâneas, ideias de reciclagem, consumo consciente para que elas possam desenvolver uma autonomia de produzir suas próprias necessidades dentro da Casa de Costura”, disse.

 

John Eldon, facilitador do curso de costura criativa

 

 

A costura como expressão artística e terapêutica 

 

O morador do Rosa Elze e estudante de teoria da arte, Jessé Vieira, contou que ficou interessado pelos cursos através do trabalho desenvolvido pelas artesãs sancristovenses em exposições locais, sendo instigado a conhecer o artesanato popular da Cidade Mãe. “Conhecer esse trabalho me fez querer revisitar o crochê além da cultura doméstica e afetiva, mas como uma expressão artística também”, comentou.

 

Jessé Vieira, morador do Rosa Elze

 

A aluna Rosangela Maria Santos também está fazendo o curso pela primeira vez e conta que já era influenciada pelo crochê desde sua infância por meio de sua mãe. “Esse curso veio num bom momento porque eu estava passando por uma depressão recente e o crochê surge como uma forma de terapia, é algo relaxante e me estimula a crescer mais”, concluiu.

 

Rosangela Maria Santos, aluna

 

Fotos: Heitor Xavier