16 dias de ativismo: Semast realiza roda de conversa sobre violência contra a mulher

07/12/2020 - 13:28 Atualizado há 2 dias



A Secretaria Municipal de Assistência Social e do Trabalho (Semast), através do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), realizou na última sexta-feira (4), uma roda de conversa sobre a violência contra a mulher. A atividade aconteceu no Paço Municipal e integra a programação da campanha “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres”.

 

De acordo com a coordenadora do Creas, Maria Beatriz Albuquerque, esta é uma ação que ocorre anualmente, porém, por conta da pandemia, não foi possível realizá-la de maneira mais ampla. “Neste momento nós não pudemos estar em todas as comunidades que gostaríamos de atingir, por isso nós fizemos o convite a algumas lideranças de localidades como o bairro Luiz Alves e o povoado Cabrita, além de usuárias do Creas e do Caps”, explica.

 

Coordenadora do Creas, Maria Beatriz Albuquerque

Coordenadora do Creas, Maria Beatriz Albuquerque

 

Para a coordenadora, esse tipo de atividade é fundamental para que as mulheres se sintam mais emponderadas e conheçam os seus direitos. “Essas rodas de conversa são importantes porque elas acabam ouvindo o depoimento de outras mulheres e não se sentem sozinhas, se sentem emponderadas para se abrir, se identificar e nos procurar”, detalha Maria Beatriz.

 

A atividade contou com a participação da professora do Departamento de Serviço Social da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Catarina Nascimento de Oliveira.  Ela destaca que a Campanha “16 dias de Ativismo” ocorre entre os dias 25 de novembro a 10 de dezembro, tendo em sua programação diversas palestras voltadas para as mulheres. “É fundamental a gente perceber e levar essas informações para as mulheres, para que elas percebam que muitas vezes elas vivem as violências dentro de suas residências, mas não se dão conta. O que mais marca é a violência física, mas outras formas como a psicológica, moral, sexual, patrimonial também se configuram nas relações com seus companheiros”, destaca.

 

Professora Catarina Nascimento

 

Para ela, é fundamental que os poderes públicos, a exemplo da Prefeitura de São Cristóvão, promovam mais atividades com essas. “A gente parabeniza a Prefeitura e a equipe que está sensibilizada com essa temática. É importante também estar capacitando os profissionais que fazem parte dos equipamentos socioassistenciais, fazer um atendimento e orientar à população beneficiária do serviço”, acredita.

 

A agricultora Vanuzia da Cruz foi uma das mulheres que participaram da roda de conversa. Assim como outras sancristovenses, ela também aproveitou a oportunidade para dar seu depoimento no que diz respeito à violência. Ela diz ter aprovado a atividade e falou sobre a importância da ação. “Quando nós temos um apoio assim, nós percebemos que não estamos sozinhas e isso nos dá força. Para mim foi de suma importância, e espero que tenham outras atividades assim para que outras mulheres também tenham oportunidade de participar e aprender mais para que possam se defender”.

 

Vanuzia da Cruz, agricultora

 

Fotos: Dani Santos